O que aprendi com a pandemia?

Há 9 meses a OMS declarava oficialmente a pandemia do coronavírus. De maneira geral, faz também 9 meses que entramos em estado de quarentena e isolamento social. Foi especificamente no dia 17 de março que eu saí de casa pela última vez este ano sem estar de máscara. Desde então já se passou muita coisa na minha vida. Por isso eu escrevo este texto: para compartilhar um pouco do que eu aprendi neste período de extrema introspecção e reflexão sobre mim, sobre o mundo e sobre a minha visão do mundo.

  • Saúde mental e autocuidado

Não demorou muito para que eu começasse a sentir os efeitos do isolamento e, principalmente, da incerteza que a pandemia trazia. O início de 2020 foi bem marcante para mim no que diz respeito a planejar o futuro e começar a cuidar um pouco mais de mim. Mas foi só algumas semanas de isolamento social para eu realmente começar a ter dimensão do que isso significava.

Iniciando o período de doutorado (que geralmente dura 4 anos), lá estava eu sem aulas (nem presenciais, nem remotas) livre para iniciar uma pesquisa que eu ainda não tinha muita ideia de como seria. Era muita liberdade para poder lidar. Como me organizar nos estudos? Quando eu posso efetivamente descansar? Devo trabalhar no final de semana? Some isso às lembranças de um mestrado recém terminado que não correu como eu imaginava. Frustração. Como me manter motivado nesse cenário? Sem bolsa, sem perspectiva. As dúvidas começavam a aparecer.

Foram algumas semanas com essas dúvidas martelando a minha mente justamente enquanto eu trabalhava (ou tentava trabalhar). Daí veio o ímpeto de cuidar da saúde mental. Há muito tempo que eu sempre ouvia e defendia o cuidado com a saúde mental, mas sem necessariamente aplicar esses ensinamentos a mim mesmo. Como falei no texto anterior, ansiedade e depressão são fortes candidatas a serem o mal do século XXI. Com tanta pressão social e cultural para que você seja “bem sucedido”, passa a ser normal as comparações com outras pessoas, a culpa e a duvidar de si mesmo.

E a solução para começar a realmente trabalhar essas questões e para ter uma vida equilibrada é só uma: terapia. Comecei a ter sessões com uma psicóloga e não tenho mais dúvidas da importância desse profissional. É através de terapia que a gente consegue ter mais consciência dos nossos sentimentos e da nossa realidade, o que permite que a gente tome ações equilibradas no cenário onde a gente vive. E só assim a gente consegue efetivamente ficar bem, e por ficar bem quero dizer saber lidar com momentos ruins assim como os bons.

Além da terapia, saúde mental também significa saber equilibrar tempo livre com tempo de trabalho. No isolamento com home office é fácil perder a fronteira de até onde o trabalho pode ir. Mas por mais que a gente goste do nosso trabalho, não é só o trabalho que nos define. Além de querer passar tempo com a família e amigos, você também tem seus hobbies e gostos pessoais. Então é muito importante traçar uma linha razoável de onde e quando você deve parar e ir fazer algo que você goste e te dê prazer.

Por fim, o autocuidado passa também por cuidar do seu corpo e da sua mente, então não se sinta culpado ao gastar um tempo fazendo skincare, lendo um livro ou jogando um vídeo game, isto também faz parte da sua vida. E sem esquecer também da boa alimentação e exercícios físicos, afinal é tudo sobre o seu corpo, o “recipiente” que te carregará durante toda a sua vida. Nunca me esquecerei da seguinte frase: “Trate de si mesmo, como você trata aqueles que você ama”.

  • Produtividade não é tudo

Ainda na linha da relação que temos com o trabalho, a rotina de home office pode ser muito desgastante para quem não está acostumado (até para quem faz isso há anos encontra dificuldade). Saber traçar a linha entre o que é horário de trabalho e o que é horário de lazer e afazeres doméstico pode ser bem desafiador. Sem contar as preocupações com postura e ergonomia no ambiente de trabalho, com o espaço físico de um escritório (muitas vezes integrado a um quarto ou uma sala, às vezes até mesmo na cozinha) ou com a “etiqueta” de reuniões onlines.

Mas mais do que essas questões, que acredito já terem sido discutidas amplamente ao longo de 2020, acredito que uma questão que mais me fez pensar foi a cultura da produtividade do século XXI, como bem discutido no livro “Este livro não vai te deixar rico”, do Startup da Real. Criamos uma cultura, bem millennial, de resumir a experiência de vida ao trabalho. Com isso encontramos rotinas absurdamente desgastantes onde não existe fim de semana e onde o trabalho que vara as madrugadas é considerado louvável. É nesse cenário que muitos começam a negligenciar a própria saúde física e mental em função de ser produtivo. Estudos já mostram uma relação direta entre longas jornadas de trabalho com o aumento de risco de derrames e doenças cardíacas. Coaches lucram ao vender estratégias como banhos gelados, mindsets “quânticos” que alteram o DNA e outras pseudociências em prol de vender uma vida de sucesso.

Mas a vida não se resume a isso. Nós somos humanos, feitos de carne, osso e emoções. Seres que precisam descansar, ter uma boa noite de sono, fazer atividade física e ter hobbies. Somos também seres sociais que precisam interagir com amigos e família. Precisamos de contato com a natureza ou até mesmo de procrastinar um pouco, ficar sem fazer nada ou trabalhar seu lado artístico (falo mais disso no próximo item).

De maneira geral eu aprendi em 2020 (pelo menos para a minha vida) que eu não quero ser definido meramente pelo meu trabalho. Sim, sou engenheiro e pesquisador com orgulho, mas também sou filho e irmão, sou um nerd que ama livros, filmes e quadrinhos, sou um amante da natureza, de arte, culinária e cultura e tudo isso me define tanto quanto meu trabalho. O equilíbrio entre todas essas partes é o que faz quem eu sou.

  • Ócio e criatividade

Segundo o autor Nassim Nicholas Taleb (de “O Cisne Negro” e “Antifrágil”), a procrastinação tem seu papel positivo ao desenvolver algum projeto. Isto ocorre porque a quantidade de estímulos que nos circunda é enorme (algo que comentei no meu texto Quantos livros você já leu?). Neste cenário, é imprescindível que a gente tenha um tempo para esvaziar a cabeça e deixar as ideias fluírem e se aquietarem.

E foi este um dos principais ensinamentos que aprendi com o isolamento: a importância do ócio. Voltando à influência da sociedade sobre a nossa rotina, parece que é quase um pecado que você fique parado, que você não esteja ativamente engajado em algo que seja produtivo ou que agregue algo para a sua vida. Mas quem disse que ficar parado não agrega em nada? Pretendo escrever um texto mais detalhado sobre essa questão, e fazer uma pesquisa mais aprofundada, mas o tempo de ócio e meditação é fundamental para que essa gama imensa de estímulos que chegam até o seu cérebro seja “processada” e possa enfim deixar a mente mais “livre” para quando você precisar de fato ser produtivo.

E não apenas o ócio e a procrastinação exercem esse papel, mas as atividades artísticas também. Vindo de um background de exatas, creio que seja muito comum que o estudo (tão técnico e matemático) acabe negligenciando a importância da arte e da criatividade para um trabalho bem feito. De fato, a criatividade exerce um papel fundamental nas conexões cerebrais. Estudos apontam que atividades que envolvem criatividade criam e fortalecem conexões no cérebro que influenciam posteriormente o processo de percepção e aprendizado. Desta forma, faz parte de uma rotina saudável que um trabalhador, por mais técnico e a matemático que seja, realize tarefas como desenhar, escrever, tocar instrumentos musicais e qualquer outros hobbies que pratiquem a criatividade. Não apenas pelo tempo de relaxamento e alívio de estresse, como também para fortalecer a atividade cerebral. Definitivamente, não é tempo perdido.

  • Queremos ser bilionários?

O próprio conceito de ser “bem sucedido” é questionável. Muitos explicariam como seguir os seus sonhos. Mas de maneira cultural e implícita ele significa ser rico, dono de alguma empresa ou negócio de sucesso.

Acredito que a pergunta “O que é ser bem sucedido?” para mim neste ano, foi resinificada. Não acho que apenas a minha resposta foi modificada, mas criei uma percepção que a busca pela resposta é, em si, mutável. Isso significa que chegar no tal sucesso talvez seja até mesmo menos importante do que entender, o que é sucesso. Acredito que esta busca está muito mais no presente do que no futuro, isto é, a vida deve ser aproveitada a cada instante e equilibrada com os nossos deveres. Devemos sonhar e almejar sempre chegar longe, mas mais importante que isso é tomar consciência a cada dia de qual o pequeno passo diário que estamos dando para atravessar a longa jornada de alcançar os nossos objetivos, sem esquecer é claro de aproveitar a jornada e manter a saúde em dia.

  • Natureza, mudanças climáticas e vegetarianismo

Dizem que a gente só dá valor a algo quando perdemos. Não sei se isso é uma verdade universal mas certamente foi o que aconteceu comigo em 2020 quando falamos de natureza. A importância da natureza foi completamente ressignificada este ano. Por ter ficado em isolamento por tanto tempo e sem tanto contato com a natureza é que percebi o seu real valor, não apenas para mim e para os seres humanos como para o próprio planeta e os animais.

Quando eu tomei coragem para começar a descer do prédio e ir ficar alguns minutinhos sentado no gramado, rodeado de árvores e olhando o céu, foi que compreendi o efeito disso sobre meu estresse e minha ansiedade. Fato que já está presente na literatura científica.

Some essa saudade da natureza com as notícias cada vez mais preocupantes sobre desmatamento e aquecimento global e temos uma mudança significativa de mentalidade por minha parte. Comecei a olhar com grande interesse e preocupação sobre esta questão. Dados científicos são muito claros sobre o impacto que temos no planeta e ainda assim, há quem o negue ou o menospreze.

Com tamanho impacto que a sociedade industrial teve e ainda tem sobre o clima e a biodiversidade do planeta, comecei a repensar o meu papel nesse cenário e onde que eu me encaixo nesse paradigma. Vendo, principalmente, o impacto da agropecuária nessas modificações (especialmente agravadas pelos números recordes de desmatamento no país), comecei a cogitar a redução do meu próprio consumo de carne. Desde essa época, não me propus a efetivamente virar vegetariano, mas já sabia que uma simples redução já teria algum impacto. Hoje já estou mais confortável com essa redução e quem sabe ela pode vir a trazer o vegetarianismo. De qualquer forma, é importante pelo menos essa conscientização do impacto da indústria no meio ambiente.

  • Tudo é política

Em um ano de pandemia, eleições municipais no Brasil, presidencial nos EUA e ainda marcado pelo debate sobre questões raciais, foi impossível não comentar política de alguma forma. À medida que leio cada vez mais livros, jornais e revistas, vislumbro como que a política deve sim ser comentada e discutida ao contrário do que estabelece o dito popular. Não de maneira polarizada como foi em 2018, mas de maneira compreensiva e baseada em fatos e ciência.

Muitas obras artísticas e populares, como filmes e séries, perdem cada vez mais o medo de tocar em feridas e mostram que até mesmo mídias como quadrinhos e jogos podem e devem se manifestar politicamente, afinal tudo é política, como diz o pessoal do podcast Rapaduracast. Séries como Watchmen e Lovecraft Country e jogos como The Last of Us parte 2, são alguns exemplos de obras recentes e populares que trouxeram ao mainstream temas cada vez mais relevantes do debate sobre racismo e LGBTfobia. Muitas dessas obras acabaram sofrendo reações de ódio por conta disso, indicando como uma boa parte da população mundial, infelizmente ainda é bastante conservadora e retrógrada quando se trata dessas questões.

No entanto, é gratificante que obras de alcance tão amplo como estas abordem esses temas de maneira impactante e clara. O debate político e as informações verdadeiras sobre questões como estas devem estar em todas as camadas da população pois afetam a vida de todos direta ou indiretamente. Falar de política é falar de vida em sociedade.

  • Conclusão

Esse foi um ano difícil para todos, mas para mim ele também trouxe ensinamentos que levarei para toda a vida. Acima de tudo aprendi a ter consciência do presente, que os nossos objetivos mais almejados são conquistados um passo de cada vez todo dia. Autocuidado é fundamental para uma vida plena e saudável e esse cuidado se reflete em alimentação, exercícios, ir no médico, fazer o que gosta, se vestir como vc se sente melhor, estudar e trabalhar com equilíbrio. Além disso, não se deixe esquecer que você é um ser humano em um meio social então aproveite seus amigos e família, e pense também naqueles que você não conhece e no planeta em que você vive, que até agora é o único que temos. Que 2021 traga a vacina e um mundo melhor.

Referências

https://www.unasus.gov.br/noticia/organizacao-mundial-de-saude-declara-pandemia-de-coronavirus

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0140673615602951

medium.com/about-mi/a-procrastinação-é-um-mal-necessário-a3bfd4869645

https://papodehomem.com.br/abracando-a-procrastinacao/

http://lounge.obviousmag.org/ideias_de_guerrilha/2016/06/a-importancia-do-ocio-criativo.html

https://www.fastcompany.com/1007044/neuroscience-sheds-new-light-creativity

https://www.heart.org/en/healthy-living/healthy-lifestyle/stress-management/spend-time-in-nature-to-reduce-stress-and-anxiety

https://www.takingcharge.csh.umn.edu/how-does-nature-impact-our-wellbeing

https://www.bbc.com/news/science-environment-24021772

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2020/11/desmatamento-na-amazonia-volta-a-bater-recorde-e-cresce-9.shtml

https://www.svb.org.br/205-vegetarianismo/saude/artigos/198-consumir-produtos-de-origem-animal-contribui-para-o-aquecimento-global

https://www.tecmundo.com.br/voxel/179697-the-last-of-us-part-ii-naughty-dog-se-pronuncia-sobre-ataques.htm

Quantos livros você já leu?

Já aconteceu de você entrar em uma biblioteca ou livraria e bateu uma ansiedade de que você nunca iria conseguir ler todos aqueles livros? Ou ficou muito tempo só navegando pelo catálogo da Netflix sem saber qual série, dentro de uma infinidade de opções, vai ser o foco dos seus próximos meses?

Graças à internet, a quantidade de conteúdo disponível para o cidadão médio nunca foi tão abundante na história da humanidade. Segundo a Forbes, só em 2018, 2,5 quintilhões de dados foram criados por dia, o que seria 25 seguidos de 17 zeros. Um minuto de 2017 era o suficiente para que quase 70.000 horas de vídeos fossem assistidos na Netflix, segundo levantamento do “Data Never Sleeps” (vide imagem abaixo). Certamente vivemos a era dos dados e da abundância de informações.

Dados e informações gerados por minuto em 2017 (Fonte: “Data Never Sleeps 5.0”)

Com tanta informação disponível, como você decide o que consumir? Se antes ficávamos horas passando por entre os canais de TV a cabo, à mercê que algum deles estivesse passando algo que te interessasse, hoje temos uma imensidão de possibilidades ao nosso alcance, e com possibilidade de escolha. E ainda assim, a gente se pega fazendo exatamente a mesma coisa: passando horas só olhando o catálogo da Netflix sem saber o que assistir.

Esta infinidade de possibilidades gera uma ansiedade ao se pensar que nunca seremos capazes de consumir tudo, uma lembrança até mesmo da finitude da vida. Queremos viver para sempre para poder ler todos os livros, assistir todas as séries e todos os filmes, aprender todas as línguas e por aí vai. Para lidar com esse anseio, ao lembrar dessa finitude, nos blindamos com o hábito de buscar as obras que seriam as melhores: “já que não posso consumir tudo, que pelo menos eu consuma o que há de melhor”.

Portanto, estamos sempre em busca de otimizar até mesmo o nosso tempo livre e obter a obra de maior “custo benefício”. Qual filme é a obra-prima que as pessoas estão falando bem? Qual livro vai me trazer o maior número de insights sobre a vida? Qual é a série mais aclamada pela crítica no momento? Um pensamento que veio da necessidade de ser produtivo nos estudos ou no trabalho, se expande agora para os hobbies em busca de não perder tempo.

Segundo o autor Byung-chul Han, autor de “Sociedade do cansaço”, trocamos a sociedade disciplinar dos século XX, um sistema social baseado em vigilância e punição, por uma sociedade do desempenho, em que a produtividade individual é soberana e o próprio indivíduo é responsável por se autorregular. Isso geraria um efeito colateral extremamente nocivo para o indivíduo, uma vez que a constante necessidade de afirmação e produtividade, o torna exausto, tanto fisicamente como mentalmente, desencadeando problemas como ansiedade e depressão. Doenças mentais estas que inclusive são consideradas o mal do século XXI.

Neste mesmo contexto, não é surpresa que os indivíduos acabem levando esse mesmo pensamento para o tempo livre, além do trabalho e dos estudos. Dessa forma, quando a pessoa que leva esse mindset (para usar um termo que é comum quando se fala desse assunto) para os hobbies, ela encara qualquer tempo como uma oportunidade de aprender, de produzir ou de gerar riqueza de alguma forma. E isso é extremamente nocivo até mesmo para a própria produtividade do indivíduo.

Vários estudos já revelaram uma correlação significativa entre trabalho excessivo (longas jornadas por semana) e doenças cardíacas e derrames. Portanto é importante que o tempo livre seja encarado como efetivamente tempo livre e não como oportunidade de gerar, necessariamente, alguma coisa produtiva, pois se for este o caso, vira trabalho. O próprio Byung-chul Han coloca o ócio criativo, como algo fundamental para a mente humana. Afinal, é com a mente que se realiza trabalho e se ela não estiver descansada e saudável, ela não vai trabalhar direito.

É claro que é sempre possível encontrar conhecimento e até mesmo gerar algum produto ou insight no tempo livre, seja lendo um livro ou assistindo um filme. Mas aqui eu coloco a necessidade de que isso aconteça como algo danoso. Ao encarar tudo como gerador de produto ou conhecimento, perde-se o momento de ócio e de liberação da mente. Tudo passa a ser trabalho.

Com isso em mente, eu considero que ao buscar o melhor conteúdo para se consumir, o indivíduo deve simplesmente escolher aquilo que se adequa mais ao seu gosto naquele momento específico. Pode ser que você esteja realmente afim de ver um documentário complexo sobre a história do Japão feudal e ganhar conhecimento com isso. Mas tem dias que você vai estar afim de simplesmente ver um filme besteirol. E está tudo bem. Reserve a necessidade de ser produtivo para o momento adequado de estudo e trabalho (e até nesse ponto tenho ressalvas) e divirta-se no tempo livre.

Outra dica que tenho pensado muito neste sentido é de não se preocupar em terminar essas obras. Não gostou de um livro no meio? Pare e vai ler outro, do contrário é mais possível que você vai perder completamente a vontade de ler qualquer coisa. Chegou na segunda temporada e a série está chata? Procure uma que te traga mais emoção. Não é necessário terminar algo, só porque começou (não quando se trata do seu tempo livre). Quem sabe parar e ficar um tempo sem ter contato te dê o respiro que precisava para voltar à obra depois de um tempo? O importante é estar de acordo com a sua vontade, naquele momento.

Referências

https://www.metropoles.com/entretenimento/quanto-tempo-levaria-para-assistir-todos-os-filmes-do-netflix

https://tecnoblog.net/260370/quantos-filmes-tem-na-netflix/

https://www.tecmundo.com.br/armazenamento/8429-cientistas-divulgam-numeros-da-quantidade-de-dados-no-mundo.htm

https://www.forbes.com/sites/bernardmarr/2018/05/21/how-much-data-do-we-create-every-day-the-mind-blowing-stats-everyone-should-read/#749339e960ba

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/08/27/Por-que-vivemos-na-sociedade-do-cansa%C3%A7o-segundo-este-fil%C3%B3sofo

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0140673615602951

Primeiro post do blog

Olá a todos, bem-vindos à página 60 Hertz Podcast. O objetivo principal desse blog é realizar um acesso fácil e rápido ao podcast 60 Hertz, um podcast de divulgação científica, com foco em engenharia, tecnologia e robótica. É possível que o conteúdo se expanda para textos e, quem sabe, vídeos, mas a ideia inicial é fazer um podcast acessível a todos que se interessem pelos principais temas de tecnologia e ciência. O podcast será apresentado por mim, Bruno Floriano, aluno de mestrado de Robótica e Automação, com a participação de convidados e trará um debate saudável e inspirador sobre o meio. Agradeço a todos que estejam interessados e que acreditam no nosso trabalho. Bem-vindos.